Maputo: Obras na Avenida Julius Nyerere Atrasam Novamente

Maputo: Obras na Avenida Julius Nyerere Atrasam Novamente


Maputo: Obras na Avenida Julius Nyerere Atrasam Novamente

As obras de requalificação da Avenida Julius Nyerere em Maputo, iniciadas em 2023, enfrentam mais um atraso na entrega. De acordo com a administração municipal, a demora é resultado de ajustes no projeto original, que não incluía a construção de valas de drenagem ao longo da via.

Após uma longa paralisação, as obras foram retomadas com uma nova previsão de conclusão para o primeiro trimestre de 2025. A fase final, que abrange um trecho de mais de cinco quilômetros, deveria ter sido finalizada em abril deste ano, mas foi adiada para junho. No entanto, atualmente, apenas 60% do projeto foi concluído, o que gera preocupação entre os cidadãos, que começam a suspeitar de motivações políticas por trás dos atrasos.

Manuel Muchongue, um residente local, expressa seu descontentamento: "Esses movimentos durante o período eleitoral me fazem acreditar que há uma motivação política por trás. Eles querem mostrar que estão trabalhando, mas isso é exaustivo. Precisamos dessa via para nos locomover."

O Conselho Municipal de Maputo admitiu que o atraso se deve à necessidade de incluir um sistema de drenagem no projeto. Segundo João Munguambe, vereador de Infraestruturas e Salubridade, a correção é necessária para garantir a durabilidade da estrada. A intervenção exigirá ainda um trabalho significativo na área da lixeira de Hulene, onde o muro está em mau estado e o lixo ameaça invadir a via.

Os transportadores, que dependem da avenida para suas atividades diárias, relatam prejuízos consideráveis devido às más condições da estrada. Avelino Matusse, motorista da rota Xipamanine-Magoanine, reclama: "As estradas estão em péssimas condições, o que causa congestionamentos e danos frequentes aos veículos."

Collan Jossias, que trabalha na rota Praça dos Combatentes-Zimpeto, ecoa a frustração: "Estamos lidando com buracos em toda a extensão da via. Isso danifica os carros, e precisamos fazer inspeções a cada seis meses. É complicado."

A Federação Moçambicana de Empreiteiros critica a falta de consultores no desenvolvimento do projeto, o que teria contribuído para os problemas atuais. Bento Machaieie, representante da federação, aponta o atraso nos pagamentos como outro fator que afeta a execução das obras. Segundo ele, é comum que empreiteiros tenham que propor melhorias ao projeto durante a execução para garantir a qualidade do trabalho.

O projeto, avaliado em cerca de 130 milhões de Meticais, é financiado pelo município da capital.

Créditos: O País

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